Não ah ninguém, mesmo sem cultura, que não se torne poeta quando o amor toma conta dele;

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012









cinzas 
deslumbrada com a dor , com o coração nas mãos , as lágrimas nos olhos e a voz rouca , ela permanece com um sorriso esplendoroso no rosto. Está anestesiada com a dor profunda. Em frente dos pés descalços só restam  cinzas , ela queimou todas as cartas ás quais quis responder. as estrelas sussurravam de uma forma fantasmagórica  «fim da história...» enquanto que a Lua cheia gritava « SAI DAÍ »
  Ela estava no meio da estrada , vem um camião que... como as estrelas sussurrarão «fim da história»... os seus pais cremaram o seu corpo, deram as cinzas , dentro de um pote de ouro , ao ex-namorado da falecida filha.  este ainda não queria acreditar no que sucedera. perguntava-se pelo porquê de ela estar ali , no meio da estrada à noite , descalça e com apenas uma camisa e uns calções , aquela noite tivera sido mesmo muito fria , e ela era muito friorenta porque é que haveria de estar assim vestida numa noite como aquela ? era uma das muitas perguntas ás quais nunca teria uma resposta porque agora a rapariga que amava não passava de milhares de cinzas... no pote existia uma pequena mensagem :

   « agora as tuas cartas e o meu amor por ti não passam de cinzas que se podem ir embora com o vento , tal como o que resta daquele que no passado foi o meu corpo»

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